PHOTOS Carmen Souza em Penela @jazzaocentro
to the cities of VILA REAL and PENELA!
13 Out - Auditorio da Biblioteca Municipal - ENTRADA LIVRE
http://www.cm-penela.pt/noticia-6782
14 Out - Teatro de Vila Real
http://www.dourojazz.com/carmen-souza.html
"Carmen Souza, já baptizada pela imprensa internacional como a Ella Fitzgerald de Cabo Verde ou a nova Cesária Évora, combina uma virtuosa técnica vocal jazzística com uma série de influências lusófonas, que vão do fado ao samba, da morna à bossa nova, incluindo baladas agridoces ou o ‘blues cabo-verdiano’. Esta sonoridade híbrida, muito pessoal, tem levado a cantora a actuar em dois circuitos paralelos: o do jazz e o da world music.
A par do seu trabalho discográfico, desde 2005 que Carmen Souza percorre o mundo em digressões sucessivas, participando em festivais como North Sea Jazz Festival, San Francisco, Monterrey, Montreal, London African Music Festival ou Laverkusener JazzTage Festival. Vários dos seus concertos foram transmitidos por algumas das mais importantes estações de rádio e televisão. O seu trabalho foi motivo de estudo e investigação por etnomusicólogos.
Carmen Souza é hoje uma personalidade forte da world music e uma das cantoras de jazz de mais sucesso. Em 2017, ano em que edita ‘Creology’, Carmen Souza volta a afirmar-se como um nome a reter na cena jazzística mundial.
A par do seu trabalho discográfico, desde 2005 que Carmen Souza percorre o mundo em digressões sucessivas, participando em festivais como North Sea Jazz Festival, San Francisco, Monterrey, Montreal, London African Music Festival ou Laverkusener JazzTage Festival. Vários dos seus concertos foram transmitidos por algumas das mais importantes estações de rádio e televisão. O seu trabalho foi motivo de estudo e investigação por etnomusicólogos.
Carmen Souza é hoje uma personalidade forte da world music e uma das cantoras de jazz de mais sucesso. Em 2017, ano em que edita ‘Creology’, Carmen Souza volta a afirmar-se como um nome a reter na cena jazzística mundial.
A inclusão no repertório de Carmen Souza do tema “Cape Verdean Blues”, do pianista e compositor de jazz norte-americano Horace Silver (de seu verdadeiro nome Horácio Tavares da Silva, porque os seus pais eram cabo-verdianos), não veio ao acaso. Tem mesmo uma carga simbólica: a cantora portuguesa igualmente de ascendência nas ilhas atlânticas propôs-se estabelecer uma ponte entre a sua cultura musical de origem e a corrente estética nascida no outro lado do oceano, não sem incluir no híbrido estético a que se vai chamando world jazz elementos das músicas populares de Portugal e do Brasil e outros da identidade latina. Se o jazz há muito se tornou uma música universal, é por escolhas como estas que a mesma se regionaliza, especificando os lugares do mundo em que se pratica.
Carmen Souza canta em Crioulo e em Português, e também em Inglês e Francês, mas o que pode ser entendido como um efeito da globalização cultural do mundo é também a expressão de que o que se pensa, e se cria, implica manifestações locais. A artista vive em Londres e as suas trajectórias musicais fazem-se, sobretudo, pela Europa, pelo que é natural que essas línguas convivam no seu entendimento da canção e da própria vida. Não é de desenraizamento geográfico que se trata, mas do seu contrário. Os fundamentos são africanos, a alma é lusófona (com ela estão o contrabaixista Theo Pascal, português, e o baterista Elias Kacomanolis, moçambicano) e as molduras musicais são as do bop e do pós-bop, com John Coltrane e Ornette Coleman como principais referências.
O que significa que numa só pessoa pode estar o planeta inteiro, e essa circunstância transmite-nos uma ideia de conexão, de pertença e de completude com o que nos rodeia. Para um músico, não se trata apenas de uma bonita metáfora. A própria Carmen Souza já o disse: um músico vive de fé.
«Nós, como músicos, acreditamos naquilo que não vemos. Todos os dias trabalhamos numa música que não existe, numa pauta que está em branco. É muito investimento, é muito acreditar, muito risco, mas é isso que nos mantém vivos», afirmou numa entrevista. Ter o mundo na voz podia tornar esta numa Babilónia, mas assim não acontece. O formato em trio permite uma simplificação dos termos e uma redução ao que é essencial: «Prezamos mais o silêncio e damos valor a cada nota.» Para nós, fica o desafio de «sentirmos o momento», que é o que ela nos pede, tão simplesmente e tanto, tanto."
Carmen Souza canta em Crioulo e em Português, e também em Inglês e Francês, mas o que pode ser entendido como um efeito da globalização cultural do mundo é também a expressão de que o que se pensa, e se cria, implica manifestações locais. A artista vive em Londres e as suas trajectórias musicais fazem-se, sobretudo, pela Europa, pelo que é natural que essas línguas convivam no seu entendimento da canção e da própria vida. Não é de desenraizamento geográfico que se trata, mas do seu contrário. Os fundamentos são africanos, a alma é lusófona (com ela estão o contrabaixista Theo Pascal, português, e o baterista Elias Kacomanolis, moçambicano) e as molduras musicais são as do bop e do pós-bop, com John Coltrane e Ornette Coleman como principais referências.
O que significa que numa só pessoa pode estar o planeta inteiro, e essa circunstância transmite-nos uma ideia de conexão, de pertença e de completude com o que nos rodeia. Para um músico, não se trata apenas de uma bonita metáfora. A própria Carmen Souza já o disse: um músico vive de fé.
«Nós, como músicos, acreditamos naquilo que não vemos. Todos os dias trabalhamos numa música que não existe, numa pauta que está em branco. É muito investimento, é muito acreditar, muito risco, mas é isso que nos mantém vivos», afirmou numa entrevista. Ter o mundo na voz podia tornar esta numa Babilónia, mas assim não acontece. O formato em trio permite uma simplificação dos termos e uma redução ao que é essencial: «Prezamos mais o silêncio e damos valor a cada nota.» Para nós, fica o desafio de «sentirmos o momento», que é o que ela nos pede, tão simplesmente e tanto, tanto."
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